segunda-feira, 7 de abril de 2008

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Vi certa feita em Santa Maria quando estudava, um Edifício que se chamava Amparo Mútuo. Comentei com minha maior amiga, que sabe toda minha vida: Isso foi dois bêbados abraçados que fizeram.

Depois comecei a ponderar que na vida sempre encontramos em quem nos amparar e damos amparo. Pessoas que viveram experiências tais como vivemos, amores que nos levaram aos píncaros da felicidade, felicidade inigualável, gigantesca, transcendental. Até com música, que ainda hoje nos faz vivenciar esse amor maior.

Esses amores, ainda vivos palpitantes, ah aqueles beijos trocados em que depositamos a alma juntos. Ah ! A entrega, as juras, as tantas alegrias, as confidências, os afagos, coisas que aos olhos dos outros podiam parecer bobagens, eram nosso mundo. As garoas, juntos, os contatos mais íntimos e mais maravilhosos.

Quantas vezes nesses afastamentos emprestamos nossos corpos, sem as almas presentes, fomos apenas instintivos. Os apelidos infantis, os jogos de seduções, as seduções nos jogos.

Tudo foi maravilhoso. A vida nos deu compensações maravilhosas: filhos, netos, grandes alegrias, mas estão apenas sublimados os momentos do único amor maior. A vida da nossa vida.

Esperança

Meus passos me conduzem.
Onde? Não sei
Mas caminho ávido,
Na esperança de encontrar mais alguém...

Quero forçá-los
A me conduzir
A outra alma e coração
Mitigar minha sede
De beijos e muita muita emoção.

Mas meus passos
Sequer me obedecem, pois até sabem,
Aonde a encontrar.
Então vou me render
Deixar acontecer
Este meu sonho de amor.