terça-feira, 27 de novembro de 2007

Conscientização

Tu sabes o quanto te quero,
tento reter teus olhos nos meus
Tu sabes o quanto te espero,
mas não me desespero,
afinal, sou eu quem mais quero,
sei respeitar, tudo o que mais espero

Deves ser tamanha gostosura,
ha beleza efartura,
parase experimentar..
que em te olhando,
tanto te desejando,
me sinto embriagar.


Gostaria de te ter
uma vez ao menos
suavemente,
ternamente,
mansamente
Até sentir que te possuía
só minha
e minha linda deusa, então te faria.

Poderia ser Diferente

Não terei meu desejo satisfeito,
não te terei em meus braços...
porquecom tamanha claridade deste sol,
De ti só recebo mormaços?

Vai findar,o que sequer começou.
Mas me olhastes com olhos de convite
de aproximação, de ousar
também de me apropriar..

Porque brincas, então, asssim
com tantos jogos de sedução
Dando-me tamanha atenção
escapando pela contra-mão.
Sem que me exponhas, qual a razão?

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Desculpa 1

Se continuares a me olhar assim...
fingindo não me ver,
tampouco me encarar,
não responderei por mim,
mergulharei no teu olhar,
até me embriagar
e deles me apossar.

Eterna antomia

Nádegas mirabolantes,
seios fartos...
caminhando, se mostram insinuantes..
e me indago.
Não sei se te abraço?
ou cravo meus dentes
te tiro um pedaço?

Conscientização

Sabes que te desejo que o meu é maior que o teu, talvez tenhas necessidade,
mas quando ves o que é meu...
não aplacas tua ansiedade...

Fica mais junto a mim,
é tudo rápido e fugaz
quando escapas entre meus dedos.
Te desejo, te persigo, vou atrás.

Hoje, quando tu me deixastes.
fiquei a te comntemplar,
com isso me desamparastes,
tendo muita coisa a me dar

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Paradoxo

Gozado! Não me dei por conta dessa transmutação, ocorrida tão de repente.
Reservado, procuro não me atropelar em meio a tantas palavras, não ditas, inéditas.
Caladas, para não romper o silêncio de nós dois.
As ditas poderiam ter sido diferentes...
Doces, ternas, tenras, suaves e enloquecedoras...
Me conduzo a enlevos que me assustam e me atraem...
Me alegro.
Satisfazendo doces e grandes sensações e veros sentimentos...
Sei que te enloqueço, mesmo com flores virtuais.
Me apraz saber, que amas músicas poesias e talvez as coisas semelhantes, que eu amo também.
E nisso acreditando, deixo o momento falar, calando o antes o durante e o depois.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Olho

Interessante falar sobre olho. Órgão par, em forma de globo, situado um em cada órbita.

1-Olho Clínico - Extremamente metículoso, somos olhados de cima à baixo, olhamos dos pés a cabeça, tb olho de médico.
2-Olho da Rua - Primo da Boca de rua e da boca de túnel, e da boca de garrafa, da boca da Botija.
3-Olho de Lince - Não perde uma, nem duas, muito aguçado. Vivo.
4-Olho Mágico - Olho de porta (cuida-se a vizinha boazuda)e engana quando é de mágico, mesmo, ilusionista.
5-Olho de Peixe Morto - Olho sem brilho, apagado, pálpebras caídas,farol baixo.
6-Olho Vivo - Olho que capta bundas formosas, famosas e lindas, na praia, na rua,n a lua, na tua!
7-Olho Gordo - Diz-se quando as pessoas são maledicentes e invejosas, famoso quebranto.
8-À Olho - quando fazemos algo, sem medir, ou sem medir conseqüências (às vezes é muito bom). Para que medir? O negócio é aproveitar.
9-Á olho nú - Comum em colônias de Nudismo, mas pode ficar Olho Armado rs rs rs.
10-À olhos vistos - Quando se detalha situação flagrada, muito exposta.
11-Comer com os olhos - Olhar com olhar 46 alguém de fio á pavio, devorar de cabo a rabo e de rabo a cabo.
12-Custar os olhos da cara - Ser extremamente caro.
13- Fechar os olhos - Fingir que não vê ou morrer.
14-Num Piscar de Olhos - Num átimo, ultraveloz. É a chamada olhada de Ejaculação precoce.
15-Saltar aos olhos - Ser muito evidente e às vezes salta com o pensamento e os olhos percebem.
16-Ver com bons olhos - Encarar com otimismo.
17-Olho d´água - Tradicional calo.
18-Olho de boi - Selo brasileiro, mais valios e raro, tb olho com que o boi olha a vaca.
19-Olho no olho - Bota coisa maravilhosa nisso! Desprende um magnetismo fantástico que entorpece, inebria e até enloquece.
20-Olho do olho - Tirei o meu do teu, para sempre.
21-Olho para olho - Te ofereço o meu, aceitas?
22-Olho por olho - Brigas parelhas de Dantes(tempo da Ariri. Dente por dente, ainda bem que isso acabou.
23-Olho do C. - Olho que olha o chão e percebe pedras do caminho, evitando que as pessoas tropecem, embora muitos caiam nele.
23-Olho Caolho - Olho com deformidades.
24-Olho discrômico e anisocrômico - Um olho gremista,outro colorado, cores desiguais.
25- Olho de ascensorista - Um sobe outro desce, upa sobe, cupa, desce.
26-Olho estrábico - Um na caça, outro na estrada. Também cognominado Birolho.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Elegia a Mário Quintana

Ainda sinto teus passos,
Ritmados, lentos.
E o troar de tua bengala,
Traçando em cada via os mapas de Porto Alegre.

Ainda sinto que brota do teu solo,
Aquilo que desejavas viver.
Que regavas com tua dedicação,
com tua alegria, com tua determinação.

E teu ser agora está se manifestando, com toda sua luminosidade,
porque poetas não morrem.
Estão sempre presentes,
Porque quando deixam a Terra
Uma estrela no céu se acende.

Então o que temos a dizer é que:
Resta essa capacidade de ternura, essa intimidade perfeita com o silêncio.
Porque a amizade é um presente sem preço, que não pode ser comprada ou vendida.
Seu valor é maior que uma montanha de ouro
E a saudade, só floresce na ausência
E quando a vida começa no fim.

Ela é sempre bela, por ser colorida com as cores do crepúsculo.
Tudo o que foi bom, dura o tempo suficiente para se tornar inesquecível.
Meu bom poeta, que os outros anjos te guardem!

Resposta a uma poetisa

Achei que poderiamos Mudar. Portanto...
Não quererei que este ano passe num átimo,veloz fugaz. Aliás nem passará. Nós costumamos dizer, porque o dia continua tendo suas 24 horas. Nem mais, nem menos Quero senti-lo lento,brando, ameno. Compassado, ou ritmado,mas feliz.
Assim, ficarei na dependência de cada segundo, de espera de encantamento, de doce porvir..
Que será diferente um do outro, nas vinte e quatro horas do dia. Quero viver cada vão momento.
Bate-papos tem muitos, as vezes papos sem bates e bates sem papos...
Festas? me levarei a todas, me farei feliz, espargirei alegria, contagiarei...
Almoços com família? Só os harmônicos,aqueles com arrufos, estonteiam,as vibrações baixam e desgastam.. Eu os dispensarei, detesto tumultos, sou pacifista, discussões não as terei. Em mim, não encontrarão abrigo.
Meu aniversário, já o comemoro, faltam apenas cinco dias, lembrar-me-ei dele, com doze badaladas, doze trabalhos, de Hércules. Doze signos, doze horas, doze dúzias de rosas, doze apóstolos, enfim Meus Doze do mes.. Sou uma dúzia, sou do dia 12.
Carnaval, não me atrai mais.
Já fui palhaço, pierrot, Arlequim. Fui bêbado sem o equilibrista. Cai da corda bamba da vida.
Páscoa, a coelha me agarrou, dizendo eu ter muita doçura. Tiradentes, colega, patrono, tentei ser alferes, dei com a forca nos dentes, fiquei com confidências de um Inconfidente...
Primeiro de Maio, vou grafologiar, desvendar almas, mas comemorarei mãe, apenas com minha filha.
15 a 18 de junho, vou ter com Cristo mas deixarei o corpo, me elevarei.
09/07 me constituirei sem revolucionar nada.
Perfeito, só Deus.
Sete de setembro, se alguém tocar ordem unida será melhor do que só. Unido é que se anda.
12 de outubro, como sempre aflorará a criança que tenho em mim..
Finados, findos os amores que tive, todas as que me devotei...
20/11 Toda consciência estagnada se enegrece.
Natal - Mesmices, repicar dos sinos, mas missa do Garnizé, do galo das torres, do galo da cabeça e da cabeça do Galo, galo pena e Penas do mesmo galo.
Ano novo - Vida nova, mas para quem nasce. Nossa vida tem nossa idade.
O ano se diz novo, com 2007 anos . É dose!
A vida não é nova. Só é vida, quando vivida em toda sua plenitude, com alguém que chamamos minha vida.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Anatomia 1

Vendo-te por detrás
Percebi o muito
que a natureza te formoseou...
Poderias me emprestar
tão magnânima escultura?
Senão vou me assenhorar,
de tanta e tamanha loucura.

Dupla Anuência

Desculpa-me, mas olhar-me, assim
Não é apenas curiosidade.
Estás te expondo
Estás me propondo
Estou captando,
estou te sentindo.
É tudo tão evidente...
Percebi no início, que tudo pode haver
Mas senti bem mais
Que até posso querer.

Mera Constatação

Na segunda vez que te vi,
Te percebi total, mas fingi
não demonstrar
que na realidade
ansiava ficar,
para sempre, junto a ti.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Evidência - 2

Teus olhos me dizem
que posso me aproximar.
Mas o convite é certo,
ou queres apenas me experimentar?

Interrogação

Tomarei eu, tomarás tu,
a franca iniciativa
que passo posso dar
para compactuar,
com essa roda viva, que tanto me incentiva?

Evidência -1

Teus olhos me dizem,
que posso te buscar
Teus gestos estão claros
que algo, pode haver...
Eu percebi e te sinto,
desejo tanto e não minto
Dependendo, algo pode acontecer.?...

Amor sem Limites

Teus olhos não mentiram
que foi inútil a tua busca.
E eu tive medo de seguir...
Também a tua mão
não veio ao encontro da minha,
para me mostrar o mundo
do qual nasci.

Mas eu me propus,
a buscar sozinho
Eu quero logo,começar a caminhar,
quero andar bastante,
até sentir os pés cansados

Eu quero amar a minha estrada
e tatear na neblina,
a procura da tristeza que ja não sinto...

Eu quero fazer alguma coisa,
dessa grande quantidade de amor,
que eu tenho medo de dar.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Quase uma Tentativa

Tive vontade de bater de leve à tua janela,
dizer baixinho o teu nome,
convidar-te para andarmos juntos
dentro da noite fria,
pelas calçadas molhadas...

Então eu te diria
que te esperei longo tempo
e que, naquela noite,
já não eras mais sonho, nem fantasia,

Mas não fui buscar-te.
Preferi a mentira da tua presença,
a incerteza do teu sorriso.

Desejo Inconsciente

Se eu pudesse te encontrar em algum lugar,
Não sei onde?
Eu te chamaria, para vir comigo...
Não sei quem és, mas eu te espero.
Não sei se existes, mas eu te imagino,
E quero te encontrar.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Amores Distantes

Se pudessémos medir em distância física, estaríamos tão próximos como cem metros ou cem mil quilômetros, porque depois que nos fizemos longe do olhar e da voz, todas as distâncias são iguais.

Não importa aos que se amam todas ou as maiores distâncias. É estar ou não estar. As outras graduações inexistem. Da mesma forma, assim como existem medidas diversas do mesmo tempo, também existem conceitos antagônicos da mesma ausência: são dimensões variadas de um espaço -falta, como se conhecêssemos muitas diferenciações a um só tema.

O tempo da distância é lento e moroso. Quase estático. Quando estávamos juntos, quando presente em minha vida, sempre foi tão veloz que não se escoava ou voava, simplesmente desaparecia.

Os conceitos para mim ou são lembranças ou são distâncias. Uma coisa é desaparecer, sumir. Outra se distanciar. Lembranças, ainda que boas, são quase sombras do que já foi. Mas no nosso caso não foram sumidas pelo tempo.

Parece-me que foi ontem o 1967, quando tudo começou... Estava hospedado em um hotel na Avenida Rio Branco, 228, em Santa Maria. Parava com um amigo de infância. Estudávamos à noite e era comum, após o almoço, tomarmos sol.

Em frente, largo e velho edifício mesmo durante o dia parecia aprisionar sonhos, amores desfeitos e velhos fantasmas. Tinha de belo enorme terraço, onde comumente algumas garotas nos espreitavam. E eram espreitadas. Tínhamos um bom porte, éramos apessoados, vestíamo-nos com apuro e, querendo ou não, despertávamos a atenção. Olhos verdes sempre atraiam as mulheres. Ambos tínhamos. Após tantos olhares, acabamos nos aproximando.

Entre tantas, uma loira vistosa, excessivamente feminina, sorriso tímido, chamou-me a atenção. Tudo nela resplandecia, mas namorava um pretenso farmacêutico e havia compromisso maior. Augusta, esse era seu nome, tão belo como ela.

Tornei-me seu amigo, bem como do pretendente. Íamos a bailes frequentemente. Augusta e eu, bons amigos, às vezes sugeríamos a troca de par e perdíamo-nos salão à dentro. Sem qualquer outra intenção.

Certa feita houve uma mudança gratificante: Augusta fora morar com a amiga de infância que firmara namoro com meu amigo também de infância. O tempo transcorria sem anormalidades, no seu ritmo tranqüilo. Os pássaros se amavam pela manhã e à noite trilhávamos pelas mesmas calçadas, nunca quebrando o mesmo ritmo e a mesma freqüência.

Em abril desse mesmo 1967 recebi um convite para estudar junto com Augusta para vestibular. O tempo urdia alguma coisa, mas não depreendia, nem imaginava o que.
De abril a 16 de dezembro tudo teria a mesma rotina. Fui pela manhã cumprimenta-la pelo aniversário. Ela ganhara um toca discos - comum na época - e também uma conta na Livraria do Globo. Ela quis inverter os papéis e presentear-me, mas me antecedi e numa garoa refrescante convidei-a a irmos a uma loja de Discos. Gostamos de um Compacto de Pino Donagio, faixa “Io che non vivo senza te”.

Fui para casa e à noite retornei para o nosso estudo costumeiro. Perguntei-lhe se gostaria de jantar fora. Não aceitou. Iniciamos a estudar Física. Ela interrompeu, convidando-me a ouvir música. O clima era inebriante e a noite calma. Uma brisa suave adentrava pela porta larga do apartamento. Na rua um alarido de gente. Perguntou-me se poderíamos dançar.

Dançamos e envolvidos pela sonoridade musical transportamo-nos não sei para onde. Unimo-nos num toque de mágica por um inebriante e prolongado beijo. Quando ela se recompôs fez-me ir embora, pois eu acabara de destruir uma amizade. Até anuí. Nascia naquele momento um perene e imorredouro amor.

Fui imitando Carlitos. Ao caminhar quem me visse saberia que o amor me fez e faria profundamente feliz. Fiquei do dia 17, porque passava da uma da manhã, até 22 sem vê-la.

Chamou-me no dia 23 e comecei a ser ostensivo tentando por qualquer ou todo motivo enlaçar suas mãos e virar seu rosto para que mergulhasse meus olhos nos seus.
Dia 24 quando lá cheguei disseram-me que o farmacêutico se apresentara com alianças e anel. Escondido, chamei sua amiga e pedi que colocasse um fundo musical, pois o noivado requeria. Seria minha chance: ganhar ou perder!

Não houve noivado algum, nossa música calara fundo. Ela já era totalmente minha. Meu amor vencera. Eu era o homem mais feliz. Cobri-a de beijos. Nunca um amor foi tão doce e com tamanha intensidade. Vivemos momentos grandiosos, um amor irrestrito e profundo. Sempre presença, sempre alegria, esperança de regresso. Era longe e remota uma separação. Tínhamos tudo para amar, sorrir e construir.

Falávamos em uma vida nossa. Queríamos e pensávamos nisso. Se falávamos em sonhos - e muitos eram nossos - era porque nos imaginávamos lado a lado, alegres, extremamente radiosos. Tudo transcorreu diferente.

Dadas circunstâncias adversas, nos separamos algum tempo depois. Diante de uma perda familiar irreparável, fiquei desnorteado e rompi sem maiores explicações. Não poderia retroceder, não por motivo tão complexo. Apesar de tudo, pelas ruas nos cruzávamos e havia todo o imenso amor em nossos olhares.

Em fevereiro de 1968 conheci outra pessoa, na praia. Era linda, atraente. Até maio ficamos juntos. Voltando a Santa Maria, Augusta cruzava por meu caminho. Desta feita com um veterinário, mas não tirava os olhos de mim. Resolvi desfazer meu compromisso com a pessoa de fevereiro e retornei aos seus braços, retomando-a com o maior amor.

Ficamos três anos juntos e chegou um tempo que algo nos dizia que mesmo separados e nos amando, teríamos que cumprir nossas missões com outras pessoas com as quais tínhamos dívidas pretéritas.

Por amor às criaturas que abraçaríamos, doamos nossos corpos, mas só envolvemos nossas almas em duas circunstâncias especiais: quando nossos filhos vieram para nós. Por coincidência, sabíamos a data e o sexo. Assim foi. Tanto eu quanto ela estagiamos com pessoas que não nos tiveram por inteiro. Sempre fui dela, ela sempre foi minha.

Estamos hoje conscientes, longe um do outro. Aprendemos a viver de nossas doces lembranças. Nossas necessidades esporadicamente são reabastecidas, são preenchidas. Sinto o que ela pensa, ela pensa o que eu sinto. No nosso silêncio, na nossa distância são transmitidas muitas coisas. As coisas que não nos falamos nem precisamos nos falar. Para saber o que pensamos há muita, muita sintonia.

Há algo bem maior a nos unir que não se destrói nem se mede. Somos dois num único ser. Mesmo separados, somos indivisíveis. Acreditamos imensamente um no outro. Nosso amor espera e não cabe em palavras. Sempre estamos em busca de nossas esperanças. Nossa bagagem tem um misto de sonho e de eternas recordações. Há uma imensa saudade. Há um silêncio de um passado presente. Lembro de seu sorriso franco, suas mãos de imensa ternura e aquela ânsia do novo reencontro. Não houve aceno de quem partiu. Quem ama, sempre está indo um ao encontro do outro. Sombras não se apagam como quem apaga uma luz. Não havia sombras entre nós. Quem foi feito de flor e vida, da mansa ternura, sempre será perene.
Podem nossos olhos perolar-se de lágrimas, mas mesmo separados nosso amor não morrerá jamais. Somos felizes como no nosso tempo antigo, quando tínhamos sonhos e longos silêncios. Quando as noites eram velhas amigas e quando tínhamos risos claros de felicidade. Enfim, quando Augusta era tudo o que eu queria.

Sua presença era um universo. Sua distância, por menor que fosse, era uma saudade e o tempo era medido no antes e depois de nossos encontros.

Sempre espero a resposta da sua voz, sua presença doce e frágil, mas indispensável. Ainda penso nela quando vejo o mundo envolvido a um fim. Penso nela quando as pessoas vão tecendo vida, nestas ruas todas. Penso nela quando vejo crianças ou quando não as vejo, pois ela é o amor e a negação das crianças. Penso nela quando vejo pares de namorados em passeios lentos e longos. Penso nela, pois ela é eternamente jovem e doce. Penso nela, quando penso, sempre que penso, penso sempre.

O caminho que hoje trilho vence olhares que gostariam de ficar, calando palavras e gestos que teimam em permanecer comigo. Aquele caminho que me fez AMOR DISTANTE um dia me fará espero, próximo dela. Os meus gestos de adeus serão acenos de quem após longa espera, celebrará o cerimonial de regresso. Será espera eterna de poucas horas que terá fim um dia.

Do silêncio da noite e das sombras virá à hora dos pássaros que amanhecerão nossos caminhos. Dos horizontes nascerão as rosas que ao sol serão poemas vivos. De mãos dadas vamos percorrer nosso universo de amor e de paz.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Sentimento Profundo

Tinha necessidade do calor da tua presença
Tenho saudades daquela atmosfera de amor,
Misturada a tristeza de tever partir...
Então ,
Vi-me só nas paredes do quarto,
cujas paredes me ignoravam
sofrendo ou feliz.
E lá fora ,um céu
misturado de estrelas
me esperava,
para levar meus passos ao acaso,
mais uma vez ,
sem para que,
só.