terça-feira, 9 de outubro de 2007

Elegia a Mário Quintana

Ainda sinto teus passos,
Ritmados, lentos.
E o troar de tua bengala,
Traçando em cada via os mapas de Porto Alegre.

Ainda sinto que brota do teu solo,
Aquilo que desejavas viver.
Que regavas com tua dedicação,
com tua alegria, com tua determinação.

E teu ser agora está se manifestando, com toda sua luminosidade,
porque poetas não morrem.
Estão sempre presentes,
Porque quando deixam a Terra
Uma estrela no céu se acende.

Então o que temos a dizer é que:
Resta essa capacidade de ternura, essa intimidade perfeita com o silêncio.
Porque a amizade é um presente sem preço, que não pode ser comprada ou vendida.
Seu valor é maior que uma montanha de ouro
E a saudade, só floresce na ausência
E quando a vida começa no fim.

Ela é sempre bela, por ser colorida com as cores do crepúsculo.
Tudo o que foi bom, dura o tempo suficiente para se tornar inesquecível.
Meu bom poeta, que os outros anjos te guardem!

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