terça-feira, 9 de outubro de 2007

Elegia a Mário Quintana

Ainda sinto teus passos,
Ritmados, lentos.
E o troar de tua bengala,
Traçando em cada via os mapas de Porto Alegre.

Ainda sinto que brota do teu solo,
Aquilo que desejavas viver.
Que regavas com tua dedicação,
com tua alegria, com tua determinação.

E teu ser agora está se manifestando, com toda sua luminosidade,
porque poetas não morrem.
Estão sempre presentes,
Porque quando deixam a Terra
Uma estrela no céu se acende.

Então o que temos a dizer é que:
Resta essa capacidade de ternura, essa intimidade perfeita com o silêncio.
Porque a amizade é um presente sem preço, que não pode ser comprada ou vendida.
Seu valor é maior que uma montanha de ouro
E a saudade, só floresce na ausência
E quando a vida começa no fim.

Ela é sempre bela, por ser colorida com as cores do crepúsculo.
Tudo o que foi bom, dura o tempo suficiente para se tornar inesquecível.
Meu bom poeta, que os outros anjos te guardem!

Resposta a uma poetisa

Achei que poderiamos Mudar. Portanto...
Não quererei que este ano passe num átimo,veloz fugaz. Aliás nem passará. Nós costumamos dizer, porque o dia continua tendo suas 24 horas. Nem mais, nem menos Quero senti-lo lento,brando, ameno. Compassado, ou ritmado,mas feliz.
Assim, ficarei na dependência de cada segundo, de espera de encantamento, de doce porvir..
Que será diferente um do outro, nas vinte e quatro horas do dia. Quero viver cada vão momento.
Bate-papos tem muitos, as vezes papos sem bates e bates sem papos...
Festas? me levarei a todas, me farei feliz, espargirei alegria, contagiarei...
Almoços com família? Só os harmônicos,aqueles com arrufos, estonteiam,as vibrações baixam e desgastam.. Eu os dispensarei, detesto tumultos, sou pacifista, discussões não as terei. Em mim, não encontrarão abrigo.
Meu aniversário, já o comemoro, faltam apenas cinco dias, lembrar-me-ei dele, com doze badaladas, doze trabalhos, de Hércules. Doze signos, doze horas, doze dúzias de rosas, doze apóstolos, enfim Meus Doze do mes.. Sou uma dúzia, sou do dia 12.
Carnaval, não me atrai mais.
Já fui palhaço, pierrot, Arlequim. Fui bêbado sem o equilibrista. Cai da corda bamba da vida.
Páscoa, a coelha me agarrou, dizendo eu ter muita doçura. Tiradentes, colega, patrono, tentei ser alferes, dei com a forca nos dentes, fiquei com confidências de um Inconfidente...
Primeiro de Maio, vou grafologiar, desvendar almas, mas comemorarei mãe, apenas com minha filha.
15 a 18 de junho, vou ter com Cristo mas deixarei o corpo, me elevarei.
09/07 me constituirei sem revolucionar nada.
Perfeito, só Deus.
Sete de setembro, se alguém tocar ordem unida será melhor do que só. Unido é que se anda.
12 de outubro, como sempre aflorará a criança que tenho em mim..
Finados, findos os amores que tive, todas as que me devotei...
20/11 Toda consciência estagnada se enegrece.
Natal - Mesmices, repicar dos sinos, mas missa do Garnizé, do galo das torres, do galo da cabeça e da cabeça do Galo, galo pena e Penas do mesmo galo.
Ano novo - Vida nova, mas para quem nasce. Nossa vida tem nossa idade.
O ano se diz novo, com 2007 anos . É dose!
A vida não é nova. Só é vida, quando vivida em toda sua plenitude, com alguém que chamamos minha vida.