segunda-feira, 28 de julho de 2008

ELA e EU

ELA
Amar é um ato
Viver é um fato
Existir, uma obrigação
Lutar, uma opção
Sonhar, um desejo
Querer, uma atitude
Amigos, uma virtude.
A vida é um conjunto de circunstâncias, você escolhe.
Não esqueça que o sonho é o primeiro passo para a realidade
E, lembre-se:
A felicidade é constituída por muitos momentos
E, bons momentos, duram o tempo suficiente, para se tornarem
Inesquecíveis.

EU
O ato de amor é um ato de Constrição
Viver é um fato extraordinário,
Quando se vive com alguém ou quando se vive por..
Se penso em ti, existo...
Não posso fazer da luta uma opção, pois não me faculta lutar por ti.
Meus sonhos, já são desejos reais
Quase tomei múltiplas atitudes.
Essas circunstâncias da minha vida fogem das minhas mãos
E do meu abraço
Sonhar, não vai tornar minha realidade palpável.
É utopia
Meus momentos são efêmeros e virtuais
Aumentam pingos de esperança à minha volta.
Poder-se-iam tornar inesquecíveis e inconfundíveis,
Mas a realidade não se veste de quimeras e fantasias.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Coerência e Sensatez

Meu sorriso é minha arma invencível, nos embates que a vida me traz
Como vou solucionar o que não me parece plausível, palpável, real?
Como lutar, quando tudo me é impossível e totalmente irrealizável?
Esse novo dia, para o que aspiro não é condizente,
Não dará certo, não me fará o mais feliz dos mortais

Usando a paz,
Encontro paradoxos,
Utopias,
Como ao mesmo tempo ouvir coração e razão?
São caminhos distintos, extremos, opostos.
Coração me aproxima, razão me distancia.
Divergem inexoravelmente.
Perdão para minha passível e aparente derrota.
Mais uma incógnita....?
Enfrento a vida, ela nada me traz, senão, palavras de conformismo,
Bálsamos acalentadores, desejos de dias melhores, desesperança.
A realidade que quero, distanciada,
Ou paralelas, que jamais se alcançarão.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Alguém me sussurou:

Boa noite, querido !
Que todos os dias, você receba dos céus,
a benção de ter sempre por perto,
as pessoas que te amam.
E olha eu, aqui,
te fazendo uma visitinha!!!!!!!

Respondi:
Calou bem fundo,
soou tão bem,
tão sonoro,tão doce,
esse teu qualificativo...
Teve a capacidade de se instalar, dentro em mim,
sentimento tão puro...
Eu tenho, de uma forma ou de outra,
bem perto,as pessoas que me amam.
E olha eu aqui, entendi e registrei,
o grande significado, da maior e melhor visita.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Tua Vida me faz Melhor

Não me ofertas a vida das flores,
Pois a vida delas é efêmera.
Sequer me ofertas a vida longa
Das estrelas,
Oferece-me, pois a tua vida
Com o perfume de uma rosa,
E o tempo de vida de uma estrela.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Comentários

Vi certa feita em Santa Maria quando estudava, um Edifício que se chamava Amparo Mútuo. Comentei com minha maior amiga, que sabe toda minha vida: Isso foi dois bêbados abraçados que fizeram.

Depois comecei a ponderar que na vida sempre encontramos em quem nos amparar e damos amparo. Pessoas que viveram experiências tais como vivemos, amores que nos levaram aos píncaros da felicidade, felicidade inigualável, gigantesca, transcendental. Até com música, que ainda hoje nos faz vivenciar esse amor maior.

Esses amores, ainda vivos palpitantes, ah aqueles beijos trocados em que depositamos a alma juntos. Ah ! A entrega, as juras, as tantas alegrias, as confidências, os afagos, coisas que aos olhos dos outros podiam parecer bobagens, eram nosso mundo. As garoas, juntos, os contatos mais íntimos e mais maravilhosos.

Quantas vezes nesses afastamentos emprestamos nossos corpos, sem as almas presentes, fomos apenas instintivos. Os apelidos infantis, os jogos de seduções, as seduções nos jogos.

Tudo foi maravilhoso. A vida nos deu compensações maravilhosas: filhos, netos, grandes alegrias, mas estão apenas sublimados os momentos do único amor maior. A vida da nossa vida.

Esperança

Meus passos me conduzem.
Onde? Não sei
Mas caminho ávido,
Na esperança de encontrar mais alguém...

Quero forçá-los
A me conduzir
A outra alma e coração
Mitigar minha sede
De beijos e muita muita emoção.

Mas meus passos
Sequer me obedecem, pois até sabem,
Aonde a encontrar.
Então vou me render
Deixar acontecer
Este meu sonho de amor.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Dispersão

Sonhos, não se os pode
prender,
por isso são sonhos
mas podem nos dizer qualquer coisa...

Amor, se pode sentir,
como um vendaval
assolando nossa vida.
mas esse não se deseja prender.

Às vezes acariciam nossos dias,
nos enlevam
fazendo-nos viver
Mesmo assim, as vezes.
Não se os pode reter

segunda-feira, 31 de março de 2008

Resposta à minha Diva a Retalhos de mim

A gentileza é uma forma sutil,de encobrirmos toda a verdade.
Que dizer da delicadeza, sutileza, brandura, meiguice, doçura e até mesmo
esse doce recato que não permite o menor deslize?
Interpreto o que vai nas entrelinhas, underlines, o que é dito com palavras diferentes, as não ditas.
Quando um diáfano véu encobre alguma coisa, não deixa de descrever os contornos.

Retalhos de mim a ela

Boa noite,
Encontrei braços estendidos, em minha direção
e, no cais do porto,
quero depositar:
Sonhos, nascidos há pouco,
sorrisos, que não param de brotar,
Segredos? Já nem são quase,
há tanta evidência... Pode-se até notar

Estendendo teu olhar,
pode bater de frente com o meu
e um no outro, mergulhar..
Será excepcional
para que afastar afastar...

Essa ponte, no âmago
eu quero transpor.
Não tenho receio,
pois minha realidade
foi bem antes de mim.
ao encontro teu....

Silêncio, é eloquência
nele, muita coisa irradia.
A qualidade dele, pode fazer-nos morrer...

Eu não cheguei,de repente.
Tu me procurastes.
Apenas te busquei,
após visita virtual.

Não me agradeça
por eu existir
posso existir para alguém
Já não me pertenço mais
Esse alguém, exclusivamente és tu...

Quarta resposta à Marta.

Escreveu-me, ela, assim:

Quem foi que disse que para
estar junto, precisa estar perto?

Respondi:
Eu! Carinhos à distância são projeções, meras quimeras,
não sustentam uma relação...
É preciso viver com toda plenitude, pele com pele, executar o olfato, o tato, sentir todas as emoções
Trocas afetivas
Reciprocidade de afeto, anseios, doações/aceitações
Eu cá, tu aí, seriam meras ondas telepáticas, internautismos virtuais...
Seriamos a velocidade do som no ar só a se propagar...
Paradoxos: Como
Sol, para aquecer a terra.
Enquanto Lua, a inspirar amantes e poetas.
Dia e noite, extremos reais, um chega, o outro sai
Luz e sombra, sem nunca se encontrar, sequer, para aplacar anseios...
Não me farei Platônico. Poderei me fazer Pla ti ùnico
Poderemos estar na era espacial mas serei sempre todo terra/terra no solo
para te amar te acariciar.e todo me entregar

Quererás acompanhar mais ou me restrinjo?
Banilim is in love?

Terceira resposta à Minha amada

Os meus dias, diferem muito pouco de mim ......
Ora são intempestivos, com poucas coisas inalcansáveis.
Não são sombrios, mas sim gloriosos.
Recebo estímulos mil para que meu caminho seja atapetado de bençãos, que meus pensamentos, sejam estrelares, luminosos, resplandecentes
Assim como, que meus pensamentos tenham, um facho de luz.
Aceito tudo isso, mas contentar-me-ia, com uma mão na minha, como tive, um afagoqualquer, um sussuro, mui leve como me fizestes...
Uma mão trêmula, buscando sentir a espessura de meus lábios e neles depositando tanto néctar
Isso bastar-me-ia.mais, isto me bastou na hora, preencheu meu dia
Isso seria o paraíso, abrindo caminho, para o meu céu interior.
Dadas algumas dificuldades, pois não aquilatei, auferi, avaliei e pesei, brinco com minhas fantasias, buscando certo o peso da esperança.
Porque, se não me tivesses dado, tanto, eu não ousaria.
A metade me bastaria.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Uma praça muito especial

Praça XV de Novembro, de uma cidade maravilhosa. Terra dos Presidentes, seu centro tinha uma casinha especial onde João Equisian, seu Colombo, vendia suas revistas, álbuns de figurinhas, jornais. Era pintada de verde e octogonal. Seu Colombo fez a alegria de muitas crianças, adultos também, que fingindo colecionar para os filhos, davam asas à infância não de toda perdida.

Mais tarde, na rua, perto da praça famosa, surgiria o Argentino seu Pedro, que teria seu sucessor Luiz Carlos,com a Livraria Preferida. Onde hoje é o Hotel de seu filho Celso, que muitas vezes, quando ele pequeno, muitos vaga-lumes apanhei.

Na Praça tinha a Igreja Matriz, que havia sido construída pelos jesuítas. Corria uma lenda, que haveria um túnel, ligando essa igreja a do Passo. Foi descoberto há pouco, uma placa, nas escavações que está criando controvérsias, suscitando dúvidas. Havia na esquina,antigamente uma rodoviária, diagonal com a prefeitura atual. Deu lugar a sapataria Saraiva. Em seguida havia o Cartório Espíndola, parece-me que era ou fora aviador. Seu proprietário Joaquim Espíndola .Angelino Fontoura, morava ao lado, era guardador de livros da prefeitura. Foi a primeira casa a ter divã. Dona Lucila era exímia em fazer Montanha Russa, doce de nossa infância.

Logo em seguida, havia um mini bar, onde os melhores pastéis eram deglutidos Dona Dora Paz, mãe de Dr. Cláudio Paz, os fazia. Havia também o cartório de Dr. Dirceu Oléa Dornelles, cunhado de uma Senhora, que se classificava dentre as Sras. bonitas de São Borja. Dona Valdaci, Digna e Bonita.São Borja sempre teve belas mulheres. Mulheresque projetaram suas belezas, bem mais além e tem muitas mais.

Mas a quadra que mais se destacava era onde a primeira casa era tipicamente diferente. Onde residia Dr.Pedro Mello, casado com Dona Zulmira, que se caracterizava inverno e verão, por estarem as janelas escancaradas. De lá viam de manhã à noite quem passava, e o que se passava lá fora. Mas até onde a vista alcançava,os transeuntes viam, também. O segundo lugar famoso dessa quadra era o bar Rodrigues e Vieira, de Jorgina e Negrinha (Jocelina).Quitutes maravilhosos e sonhos enormes recheados com goiabada. Também sorvetes e bom-bons. Jorgina e Jocelina tinham um bloco carnavalesco que contava com a presença de Dr.Jango, sempre a prestigiar. Comigo ninguém pode. Às vezes abraçava Jocelina e Jorgina numa alegria peculiar nos velhos carnavais.


Ao lado tínhamos a mais forte loja de Comércio. Sr Sary Amilibia, riso franco, camarada, carismático, cordial e bom negociante. Era difícil entrar só para ver. Se saí com um ou mais pacotes. Era a Lafaiete da Fronteira. A mais tradicional casa era o famoso bar de Isaac Aguinsky, pai do não menos famoso Paulo Aguinsky, urologista e escultor, cujas obras de arte estão expostas no Hospital Moinhos de Vento. Esse bar se caracterizava pelo melhor sorvete de chocolate do Brasil. Isaac punha as mesas na rua, onde havia desfiles, se destacando entre muitos as irmãs Munhoz, vizinhas do Consultório de Dr. Emilio Motta. Ambas em passos sincronizados, lentos e rítmicos, eram seguidas por seu irmão José Carlos, eterno guardião.

Ali mesmo Dr. Jango esteve com Maysa Matarazzo. Uma noite, Jango foi abordado, pela mãe de Mariana Isabel Rodas (cantora argentina que se exibia nos programas de auditório, locais).
A Sra. trazia na mão dois negrinhos pequenos, que cantaram a pedido da senhora o Jingle da época. Na hora de votar eu vou jangar, é o Jango é o Jango é o Jango Goulart. Jango puxou da bombacha várias notas e quase deu a eles se não fosse Maysa impedir, dizendo é muito.
Ele respondeu: Deixa, eu tenho bastante.

Nessa mesma rua nos Carnavais, passavam, além do Comigo ninguém pode de Jorgina e Jocelina, Bloco do Clube Esperança de Lourdes de Deus, a Mais famosa doceira e quituteira, com seus, que era patrimônio de todas as famílias pela qualidade, requinte e sabor.
Branquinhos e negrinhos.
Ovos moles.
Bem casados, Marta Rocha.Tortas finamente requintados e o famoso e célebre pastelão.
Essa rua é rememorada por qualquer São Borjense. Acolheu também o Bloco que dois anos ergueu São Borja em deslumbramento o Bloco das jovens: Viva Maria que Dona Dady Bittencourt e Darcy Amilibia, criaram e imortalizaram bem como encantaram. Inspiraram-se no Filme “Viva Maria”, com Brigitte Bardot e Jane Mourout. O Bloco mostrava além do apurado bom gosto,jovens da mesma faixa etária, e todas da mesma altura e simpatia, cuja tesoureira era Maria Isabel de Bittencourt, ginecologista agora em POA.

Rival de Viva Maria era Barbarela, presidida pelas Wairiches, outro bloco esplendoroso.

O Bloco dos casados do Comercial, também famoso e tradicional. Tinha casais encantadores.
Sr.Pérsio Lima e Belinha, César Sena Alves e Didi, Juli Martini e Emilia, Trajano Muniz e Gelcy, Geromyl e Honorina e outros, encantadores e gentis.
São Borja sempre gozou da fama de ser uma cidade que sempre primou pelo requinte, pelo bom gosto. Até hoje suas festas são tradicionais, clássicas e conservadoras. As belezas se conservam, a elegância e o fitness se preservam, nos gestos, nas preservações familiares, nas amizades que desafiam o tempo. Não é só porque é uma das integrantes dois sete povos, mas a religiosidade é intensa. Em termos de beleza feminina São Borja e Bagé empatam.

Terra dos Marechais x Terra dos Presidentes. Nossa saudação e respeito.

Uma praça muito especial

Praça XV de Novembro, de uma cidade maravilhosa. Terra dos Presidentes, seu centro tinha uma casinha especial onde João Equisian, seu Colombo, vendia suas revistas, álbuns de figurinhas, jornais. Era pintada de verde e octogonal. Seu Colombo fez a alegria de muitas crianças, adultos também, que fingindo colecionar para os filhos, davam asas à infância não de toda perdida.

Mais tarde, na rua, perto da praça famosa, surgiria o Argentino seu Pedro, que teria seu sucessor Luiz Carlos,com a Livraria Preferida. Onde hoje é o Hotel de seu filho Celso, que muitas vezes, quando ele pequeno, muitos vaga-lumes apanhei.

Na Praça tinha a Igreja Matriz, que havia sido construída pelos jesuítas. Corria uma lenda, que haveria um túnel, ligando essa igreja a do Passo. Foi descoberto há pouco, uma placa, nas escavações que está criando controvérsias, suscitando dúvidas. Havia na esquina,antigamente uma rodoviária, diagonal com a prefeitura atual. Deu lugar a sapataria Saraiva. Em seguida havia o Cartório Espíndola, parece-me que era ou fora aviador. Seu proprietário Joaquim Espíndola .Angelino Fontoura, morava ao lado, era guardador de livros da prefeitura. Foi a primeira casa a ter divã. Dona Lucila era exímia em fazer Montanha Russa, doce de nossa infância.

Logo em seguida, havia um mini bar, onde os melhores pastéis eram deglutidos Dona Dora Paz, mãe de Dr. Cláudio Paz, os fazia. Havia também o cartório de Dr. Dirceu Oléa Dornelles, cunhado de uma Senhora, que se classificava dentre as Sras. bonitas de São Borja. Dona Valdaci, Digna e Bonita.São Borja sempre teve belas mulheres. Mulheresque projetaram suas belezas, bem mais além e tem muitas mais.

Mas a quadra que mais se destacava era onde a primeira casa era tipicamente diferente. Onde residia Dr.Pedro Mello, casado com Dona Zulmira, que se caracterizava inverno e verão, por estarem as janelas escancaradas. De lá viam de manhã à noite quem passava, e o que se passava lá fora. Mas até onde a vista alcançava,os transeuntes viam, também. O segundo lugar famoso dessa quadra era o bar Rodrigues e Vieira, de Jorgina e Negrinha (Jocelina).Quitutes maravilhosos e sonhos enormes recheados com goiabada. Também sorvetes e bom-bons. Jorgina e Jocelina tinham um bloco carnavalesco que contava com a presença de Dr.Jango, sempre a prestigiar. Comigo ninguém pode. Às vezes abraçava Jocelina e Jorgina numa alegria peculiar nos velhos carnavais.


Ao lado tínhamos a mais forte loja de Comércio. Sr Sary Amilibia, riso franco, camarada, carismático, cordial e bom negociante. Era difícil entrar só para ver. Se saí com um ou mais pacotes. Era a Lafaiete da Fronteira. A mais tradicional casa era o famoso bar de Isaac Aguinsky, pai do não menos famoso Paulo Aguinsky, urologista e escultor, cujas obras de arte estão expostas no Hospital Moinhos de Vento. Esse bar se caracterizava pelo melhor sorvete de chocolate do Brasil. Isaac punha as mesas na rua, onde havia desfiles, se destacando entre muitos as irmãs Munhoz, vizinhas do Consultório de Dr. Emilio Motta. Ambas em passos sincronizados, lentos e rítmicos, eram seguidas por seu irmão José Carlos, eterno guardião.

Ali mesmo Dr. Jango esteve com Maysa Matarazzo. Uma noite, Jango foi abordado, pela mãe de Mariana Isabel Rodas (cantora argentina que se exibia nos programas de auditório, locais).
A Sra. trazia na mão dois negrinhos pequenos, que cantaram a pedido da senhora o Jingle da época. Na hora de votar eu vou jangar, é o Jango é o Jango é o Jango Goulart. Jango puxou da bombacha várias notas e quase deu a eles se não fosse Maysa impedir, dizendo é muito.
Ele respondeu: Deixa, eu tenho bastante.

Nessa mesma rua nos Carnavais, passavam, além do Comigo ninguém pode de Jorgina e Jocelina, Bloco do Clube Esperança de Lourdes de Deus, a Mais famosa doceira e quituteira, com seus, que era patrimônio de todas as famílias pela qualidade, requinte e sabor.
Branquinhos e negrinhos.
Ovos moles.
Bem casados, Marta Rocha.Tortas finamente requintados e o famoso e célebre pastelão.
Essa rua é rememorada por qualquer São Borjense. Acolheu também o Bloco que dois anos ergueu São Borja em deslumbramento o Bloco das jovens: Viva Maria que Dona Dady Bittencourt e Darcy Amilibia, criaram e imortalizaram bem como encantaram. Inspiraram-se no Filme “Viva Maria”, com Brigitte Bardot e Jane Mourout. O Bloco mostrava além do apurado bom gosto,jovens da mesma faixa etária, e todas da mesma altura e simpatia, cuja tesoureira era Maria Isabel de Bittencourt, ginecologista agora em POA.

Rival de Viva Maria era Barbarela, presidida pelas Wairiches, outro bloco esplendoroso.

O Bloco dos casados do Comercial, também famoso e tradicional. Tinha casais encantadores.
Sr.Pérsio Lima e Belinha, César Sena Alves e Didi, Juli Martini e Emilia, Trajano Muniz e Gelcy, Geromyl e Honorina e outros, encantadores e gentis.
São Borja sempre gozou da fama de ser uma cidade que sempre primou pelo requinte, pelo bom gosto. Até hoje suas festas são tradicionais, clássicas e conservadoras. As belezas se conservam, a elegância e o fitness se preservam, nos gestos, nas preservações familiares, nas amizades que desafiam o tempo. Não é só porque é uma das integrantes dois sete povos, mas a religiosidade é intensa. Em termos de beleza feminina São Borja e Bagé empatam.

Terra dos Marechais x Terra dos Presidentes. Nossa saudação e respeito.

Nossa Rua

Tempos atrás, pela troca de luzes, nossa rua tornou-se famosa. Repórteres da ZH vieram fazer uma reportagem, para auscultar a opinião dos moradores. Como andarilho seguido, fui um dos que me rasguei em elogios. Descrevi coisas que esse benefício trouxe.

Claro que tinha um romantismo diferente antes. Gatos faziam sonêtos a lua. Haviam trocas de beijos carinhos mais avançados, arroubos, roubos etc. O negro manto véu da noite recebia a beleza dos acordes do Cel Mario, pianista, que fazia suas notas manterem a rua mais propensa ao amor. Poucas ruas tinham o clima tão propício. Acho que a nossa era ímpar. Eu trocaria o nome dessa rua em Homenagem Ao Cel. Quando tocava Fascinação, fascinava.

Quando tocava o bêbado e o equilibrista, o bêbado suspirava .O equilibrista na corda bamba era eu. Agora, mudou tudo. A luminária ficou de quadra de Futebol. Nesse aspecto, excelente! Não temos mais noite, só dia não podemos dizer, numa noite dessas, jantem lá em casa.

Por outro lado, se perdeu a grandeza, fraternidade, amor e amizade. Nosso querido Cel. Mario foi-nos tirado, assim como tiram,Quintanas, escritores enomados, bailarinos famosos, enfim,os ligados ao belo, as artes.

Era cientista renomado, pesquisava sobre o Carbono 14. Falava com Maestria sob o Manto que envolveu Jesus. Mas este pianista espetacular, alegrava nossos dias, nossas tarde, nossas madrugadas. Foi exemplar, digno, honrado, conduta ilibada e particular em tudo. Punha tanto amor nas teclas que quando não foram mais tocadas, a rua perdeu muito do esplendor, o silêncio conpira com o lamento.

Ele pintava telas em forma de música e música exalta o amor... Seus acordes chegavam a rua detrás, nela há quem lamente tb. O Piano, não será mais o mesmo. Chora quietinho. Ninguém o igualará. Mário tocará em outra dimensão, encantará outros planos. Quando morre um artista, no céu uma estrela se acende, com muito esplendor. Mario ascendeu...

Mas lembrando de nossa rua, da rua dele, tocará "Se esta rua fôsse minha" e obviamente a Deusa da minha rua, para Sua sua eterna companheira.
Tive o privilégio e a Honra de ser seu amigo e me aprazia, vê-lo discorrer sobre suas experiências grandiosas. Os que moram ainda em nossos corações, exaltamos sempre.

Crônica publicada no Jornal de São Borja

Homenagem do Jornal de São Borja